Eterna Globeleza, Valéria Valenssa abre o jogo sobre sua trajetória na televisão em entrevista ao programa Sensacional. A atração, comandada por Daniela Albuquerque, vai ao ar nesta segunda-feira (1º), às 22h45, na RedeTV!. Durante a conversa, a artista revisita momentos marcantes da carreira e expõe a dificuldade emocional que enfrentou ao deixar o posto de símbolo do Carnaval na TV Globo.
O que você precisa saber
- Valéria Valenssa é a convidada do Sensacional na RedeTV!.
- A entrevista vai ao ar nesta segunda-feira (1º), às 22h45.
- Ela relembra saída da TV Globo após 14 anos no posto.
- Dançarina admite que desenvolveu depressão após a dispensa.
- Produção da vinheta de Carnaval levava cerca de 30 horas.
- Valéria recorda acidente aéreo sofrido no Rio de Janeiro.
A dançarina permaneceu à frente da vinheta da folia por 14 anos, até sua saída em 2001. Valéria admite que, embora soubesse que o trabalho era temporário, a forma como o desligamento ocorreu a impactou profundamente. “Tinha consciência de que não era um trabalho para a vida inteira, mas eu e o Hans [Donner] já estávamos planejando a minha saída, digamos assim. Quando a Globo me chamou e falou que eles iriam colocar uma outra menina no meu lugar, não foi da maneira como gostaria”, desabafa.
A artista, que foi casada por mais de 20 anos com o designer Hans Donner, criador da identidade visual da emissora, revela as consequências psicológicas desse rompimento profissional. “Naquele momento fiquei chateada, fiquei com depressão”, confessa Valéria Valenssa. A entrevista explora como ela lidou com a transição e a perda do título que a consagrou nacionalmente.
Bastidores da pintura corporal
Além do drama pessoal, a convidada detalha o rigoroso processo técnico por trás das famosas vinhetas. A preparação envolvia longas jornadas de pintura corporal e restrições físicas severas. “Evitava tomar água no dia da gravação para não ir ao banheiro”, conta ela, estimando que o tempo de produção chegava a durar “mais ou menos umas 30 horas”.
O desgaste era tanto que, em algumas ocasiões, a ex-Globeleza precisava dormir com parte da caracterização e só removia a pintura no dia seguinte. “Às vezes, eu estava muito cansada, tirava só o grosso da purpurina, colocava uma roupa de manga comprida, calça e uma meia para não espalhar as purpurinas e ia dormir para descansar. Quando eu acordava, tinha que ir para a banheira”, explica.
Sobrevivente de acidente aéreo
Outro ponto alto da conversa é a lembrança do grave acidente de avião sofrido em 1997. A aeronave em que Valéria Valenssa estava caiu na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Ela recorda o resgate e a confusão mental após o impacto. “Nem sabia se eu estava viva ou morta, porque foi tudo muito rápido”, relata.
O momento de alívio veio com a chegada do socorro. “Veio um bombeiro, me colocou para boiar e disse assim: ‘Calma, Valéria, está tudo certo’. Pensei assim: ‘Pronto, me chamando pelo nome. Imaginei que já estava no céu”, completa a artista sobre a experiência de quase morte.


