A atriz Patrícia França revisita momentos marcantes e tensos de sua carreira na televisão em entrevista ao programa Sensacional, comandado por Daniela Albuquerque. A artista, que ganhou destaque na teledramaturgia nacional na década de 1990, relata um episódio de preconceito relacionado à sua origem nordestina durante os bastidores de uma produção da TV Globo. A conversa vai ao ar nesta segunda-feira (8), na RedeTV!.
O que você precisa saber
- Patrícia França é a convidada do programa Sensacional nesta segunda-feira (8).
- A atriz revela um episódio de preconceito que sofreu nos bastidores da TV Globo.
- Um diretor a fez subir escadas repetidamente para criticar seu sotaque nordestino.
- A artista defende a neutralização do sotaque para ampliar as oportunidades na carreira.
- Ela impôs condições estritas sobre nudez para viver Maria Santa em Renascer (1993).
- A entrevista completa vai ao ar às 22h45, na RedeTV!.
Ao relembrar o trabalho em Sonho Meu (1993), a atriz detalha uma situação constrangedora provocada por um membro da equipe técnica. Segundo Patrícia França, embora a maior parte do elenco e da direção aceitasse bem sua forma de falar, houve resistência específica. Ela conta que um diretor a mandou subir e descer uma escada cerca de dez vezes carregando uma mala, enquanto gritava: “Olha o sotaque!”.
A experiência influenciou a visão da artista sobre a construção vocal de seus personagens. Para ela, a adaptação é necessária para evitar rótulos profissionais. A atriz opina que o intérprete deve neutralizar o sotaque para não se tornar “atriz de um personagem só”. O objetivo dessa mudança, de acordo com seu relato, é garantir que ela possa atuar em papéis que não sejam especificamente de mulheres nordestinas.
Patrícia França impôs limites para nudez
Além das questões sobre a fala, a atriz aborda a exposição do corpo na televisão. Ela recorda sua atuação em Tereza Batista (1992), minissérie da TV Globo, na qual protagonizou cenas de nudez. “Naquela época, uma atriz se expor era sinal de coragem. Acho que o mundo mudou bastante. Quando eu fiz Tereza Batista (1992), fiquei muito exposta nesse lugar, mas era muito cabível. Então, assim, pensando numa mulher de Jorge Amado, eu acho que estava dentro do contexto certo, mas hoje não faria”, afirmou.
A postura da atriz mudou já no ano seguinte, quando foi escalada para o sucesso Renascer (1993). Ao receber o convite para interpretar a personagem Maria Santa, ela estabeleceu uma condição clara para aceitar o papel. “Lembro que a primeira coisa que disse quando recebi o convite para fazer Maria Santa foi assim: ‘Se tiver que ficar nua, eu não faço’. As pessoas ao meu redor não entenderam nada. Em uma das primeiras cenas que eu gravei de Renascer, tinha um nu, eu negociei com o diretor e a cena ficou linda”, afirmou.
A entrevista completa, com mais detalhes sobre a trajetória da atriz e os bastidores da televisão, será exibida no Sensacional. O programa apresentado por Daniela Albuquerque começa às 22h45, na tela da RedeTV!.
