A Record estreia nesta segunda-feira (1ª), às 15h30, a reprise de A Escrava Isaura (2004), agora em versão remasterizada. O folhetim escrito por Tiago Santiago e Anamaria Nunes, com direção geral de Herval Rossano, retorna às tardes da emissora quase vinte anos após sua primeira exibição. A produção é uma adaptação livre do romance de Bernardo Guimarães (1825-1884), publicado há 150 anos, e traz Bianca Rinaldi como protagonista.
A história acompanha Isaura, filha da escrava Juliana (Valquíria Ribeiro) e do feitor Miguel (Jackson Antunes). Criada pela sinhá Gertrudes (Norma Blum), Isaura recebe educação refinada, mas permanece cativa do Comendador Almeida (Rubens de Falco). Com a morte de seus protetores, a jovem passa a enfrentar as investidas de Leôncio (Leopoldo Pacheco), que retorna à fazenda do pai e se apaixona pela escrava.
Mesmo obrigado a casar-se com Malvina (Maria Ribeiro), filha do Coronel Sebastião (Paulo Figueiredo), Leôncio insiste em ter Isaura como amante. Rejeitado, torna-se cada vez mais violento. A situação se agrava quando ele queima o testamento que concedia a alforria à escrava, herdando todos os bens do pai. Gertrudes, que sonhava em libertar Isaura, morre antes de realizar o desejo.

Isaura foge de Leôncio
O pai de Isaura junta economias durante 20 anos para comprar sua liberdade, mas Leôncio se recusa a negociar. Com medo das ameaças, Isaura foge ao lado de Miguel e recebe apoio da Condessa Tomásia (Mayara Magri), mulher que também sofreu com o vilão. Disfarçada sob o nome de Elvira, Isaura se refugia no interior de São Paulo, onde conhece o jovem abolicionista Álvaro (Theo Becker).
Apaixonado, Álvaro rompe o noivado com Branca (Renata Dominguez) e insiste em viver ao lado de Isaura. A relação, porém, enfrenta obstáculos quando a moça é descoberta pelo capitão-do-mato Martinho, que tenta devolvê-la ao antigo dono. Mesmo protegida por Álvaro, Isaura volta a ser alvo de Leôncio, que só aceita libertá-la se ela se casar com Belchior (Ewerton de Castro), jardineiro da fazenda.
Justiça e mistério
A Condessa Tomásia, aliada de Álvaro, trabalha para arruinar financeiramente Leôncio e consegue recuperar a hipoteca dos bens do fazendeiro. No dia marcado para o casamento forçado com Belchior, Isaura se vê livre da escravidão. Pouco depois, a trama sofre uma virada: Leôncio aparece morto em seu quarto. O crime gera mistério e coloca Isaura e Álvaro entre os principais suspeitos.
Além do enredo principal, a novela desenvolve tramas paralelas, como o romance de Helena (Fernanda Nobre) e Gabriel (André Fusko), a inveja de Rosa (Patrícia França) e a resistência de André (Déo Garcês), que foge da fazenda e se torna líder de um quilombo. A história também mostra o contraste entre personagens como João (Ivan de Almeida), Joaquina (Chica Lopes), Bernardo (Christovam Neto) e Moleca (Bárbara Garcia).
Clássico da teledramaturgia
A Escrava Isaura é considerada um dos maiores clássicos da teledramaturgia brasileira. Ambientada no século 19, a trama discute o sistema escravocrata e a luta pela liberdade, em paralelo ao florescimento da cultura do café no país. A produção de 2004, agora remasterizada, mantém o núcleo romântico e dramático que marcou a primeira exibição.


