A ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) lançou uma nova campanha para combater a pirataria audiovisual no Brasil. A iniciativa, que ficará no ar até junho de 2025, utiliza filmes publicitários narrados por personalidades conhecidas da TV para sensibilizar o público sobre os impactos negativos do consumo de conteúdo ilegal.
As peças, com narração de Sabrina Sato, Rafael Portugal e Everaldo Marques, mostram travesseiros que ganham vida e falam sobre a tranquilidade de optar por conteúdos legais. O slogan da campanha, “Pirataria. Não é legal”, reforça de maneira educativa os prejuízos causados pela prática, que afeta a economia, o setor audiovisual e a sociedade em geral.
A exibição das peças ocorrerá durante os intervalos comerciais de canais de TV aberta e por assinatura. Segundo Oscar Simões, presidente da ABTA, a ação reflete o compromisso da indústria em alertar o público sobre os danos da pirataria, que incluem evasão fiscal, financiamento ao crime organizado e ameaças a empregos de milhares de profissionais.
Dados da ABTA, baseados em informações da Anatel e da PNAD/IBGE, revelam que cerca de 7 milhões de residências brasileiras consomem TV por assinatura de forma ilegal. Esse comportamento gerou prejuízo de R$ 51,7 bilhões ao setor audiovisual e ao Estado nos últimos cinco anos.
Avanços contra pirataria da TV por assinatura
Esforços de combate já resultaram na apreensão de 1,5 milhão de equipamentos piratas pela Anatel e Receita Federal e no bloqueio de 4.200 sites ilegais, com redução de 65% no tráfego dessas páginas. A criação do Laboratório Antipirataria pela Anatel e as sete fases da Operação 404, com mais de 40 prisões, mostram avanços na repressão a crimes digitais.
Nesse sentido, a ABTA reforça a necessidade de ampliar a colaboração entre o setor privado e o poder público. Entre as prioridades estão a aplicação da nova Lei nº 14.815/2024 pela ANCINE, que permite a suspensão de aplicativos ilegais, e a atualização das leis para enfrentar crimes digitais com mais eficácia.
Oscar Simões destaca que as plataformas de tecnologia também precisam desempenhar papel ativo no combate ao uso criminoso de suas ferramentas. “Precisamos manter e reforçar a união entre o setor privado e o poder público para combater esse crime de forma efetiva”, conclui Oscar Simões.
Assista aos vídeos da nova campanha da ABTA clicando aqui.