Ana Maria Braga contou detalhes sobre sua demissão da Record. Em entrevista ao Podpah, ela relembrou um desentendimento com um superior, sem citar nomes, que levou à sua saída da emissora em 1999. “O bispo me mandou embora. Mas eu fui muito feliz na Record”, disse a comunicadora. A profissional está à frente do Mais Você, na Globo, desde outubro de 1999.
Ana Maria explicou que, apesar de a Record cumprir suas obrigações salariais inicialmente, surgiram pendências que ela tentou resolver. “Eles me pagavam tudo bonitinho, cumpriam todas as coisas como eu cumpria com eles, mas chegou uma hora que tinha uma pendência e eu resolvi cobrar. Fui falar com o responsável, e acho que não era um bom dia da pessoa. Eu também não estava em um bom dia”, relatou.
Em uma sexta-feira, Ana Maria Braga pediu a um superior que resolvesse a questão financeira. “Cheguei lá e disse: ‘Estou precisando [do dinheiro], porque eu tenho um compromisso que assumi por conta disso e tal’. Ele me disse: ‘Não vai dar. Se não estiver satisfeita, porta da rua é serventia da casa’”, relembrou.
A apresentadora decidiu aceitar a dispensa, mas se ofereceu para continuar na semana seguinte para ajudar na transição. “Aí eu levantei e disse: ‘Temos programa na segunda, eu vou embora e não volto mais. Mas se o senhor quiser, eu fico a semana que vem para poder arrumar alguém para colocar no meu lugar’”, disse ela.
O superior recusou a oferta, e Ana saiu diretamente para falar com um advogado. Com isso, a apresentadora processou a Record por demissão sem justa causa e ganhou a causa dez anos depois. “Fiquei desempregada e montei uma causa contra a Record. Ganhei dez anos depois, porque não tinha justificativa. No jurídico, não era plausível.”
Ana Maria Braga tinha acordo vantajoso com a Record
Ana Maria Braga foi contratada pela Record em 1993 para apresentar o matinal Note e Anote, que durou de 1991 a 2005. No canal, entre 1996 e 1999, ela também comandou um talk show que levava seu nome e era exibido nas noites de terças-feiras. Inicialmente, Ana não recebia salário, mas fez um acordo vantajoso com a emissora.
“Me contrataram, cheguei lá e falaram ‘a gente não tem salário porque estamos começando agora, mas tenho 2h pela manhã, se você quiser você pode produzir, lhe dou uma secretária, e vocês bolam o programa’. Falei ‘eu topo’. Fiz um contrato muito bom, uma negociação de que se o programa virasse ouro eu ia ganhar muito, e eu sabia que iria virar ouro, e eles toparam tudo que eu falei”, concluiu.