O jornalista André Rizek, que comandará o principal programa sobre a Olimpíada de Paris 2024 no SporTV, ainda não está convencido do papel dos influenciadores na cobertura dos Jogos. O comunicador acredita que o ego das estrelas da internet pode comprometer a qualidade da cobertura. “Sempre vou achar que o mais importante é a notícia, e não o meu rosto em primeiro plano”, afirmou.
O apresentador reconheceu o trabalho dos criadores de conteúdo na internet, mas acredita que esta será uma Olimpíada “de muito ego”. “Se tiver uma coisa fantástica acontecendo, a gente vai ver isso com o influenciador no primeiro plano. Pra mim, que sou mais old school, é um pouco estranho”, explicou o jornalista à revista Quem.
Paris 2024 será a primeira Olimpíada com uma presença tão forte de influenciadores. Em 2016, no Rio, a profissão ainda estava se consolidando. Em Tóquio, 2021, as competições ocorreram sem público devido à crise sanitária. Atualmente, há um incentivo das próprias plataformas para que os criadores de conteúdo falem de esportes.
“Ter tanta gente lá, que não é do dia-a-dia olímpico, pode trazer uma visão de coisas humanas. De coisas que o cara que está tão ligado em resultado, marcas, não traz. Não quero fazer julgamento prévio, estou nessa expectativa de ver também pra onde tá caminhando a nossa profissão de comunicador”, completou André Rizek.
Ao lado de Fabi Alvim, André Rizek apresentará o Ça Va Paris, programa que resumirá os dias olímpicos no SporTV. Ele demonstrou otimismo com o desempenho das atletas brasileiras. “Quando você projeta os grandes nomes: a Rebeca Andrade, a Bia Ferreira, a Raíssa Leal, o vôlei de praia com a nossa dupla… Tem uma fortíssima possibilidade de as mulheres serem o destaque absoluto do Brasil”, projetou.
Pela primeira vez em 33 edições, há a mesma quantidade de mulheres e homens competindo nos Jogos Olímpicos. “É uma missão nossa contar bem essa história”, disse o profissional. “A prefeita de Paris é uma mulher. A ministra do esporte é mulher. As autoridades da França envolvidas com a Olimpíada são mulheres”, completou André Rizek.