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Ary Fontoura admite arrependimento por abandonar faculdade para ser ator

Aos 91 anos, artista refletiu sobre a escolha de deixar o curso de Direito para seguir carreira no teatro

Ary Fontoura em entrevista para Pedro Bial no Conversa com Bial
Ary Fontoura relatou arrependimento de ter abandonado curso de Direto para se dedicar ao teatro - Foto: Reprodução/Globo
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Ary Fontoura, de 91 anos, disse que abandonar a faculdade de Direito foi um erro e que deveria ter concluído o curso para garantir mais estabilidade na vida profissional. O ator deixou os estudos para seguir carreira no teatro. “Eu tenho 76 anos de profissão, e nesses 76 anos, eu vivo procurando emprego”, contou ele em entrevista no Conversa com Bial.

O veterano explicou para Pedro Bial que gostaria de ter tido um plano B para seguir seu sonho na área artística. “Acabou uma temporada de peça, tem que procurar outra. Se não tiver [trabalho], como você faz?”, questionou o artista, destacando a instabilidade da profissão.

Além disso, Fontoura aconselha jovens aspirantes a atores a terem uma profissão estável antes de se dedicarem ao teatro. “Quando as pessoas me falam: ‘Eu gostaria tanto de fazer teatro’. Eu digo o seguinte: ‘Arranje um emprego bom, que garanta o seu orgulho, e continue gostando do teatro’. Eu segui mais ou menos, talvez por isso eu faça questão de falar para as pessoas, para que não incorram no mesmo erro.”

Ary Fontoura contou que abandonou a faculdade no quinto ano para trabalhar em um circo. Nesse sentido, ele refletiu que, se tivesse concluído o curso e se tornado advogado, teria mais segurança financeira. “Eu abriria a porta do meu consultório a hora que eu quisesse e, quando tivesse um capítulo de novela, eu fecharia e voltaria, e estaria com a vida garantida, não é verdade?”, ponderou.

Ary Fontoura teve dúvida sobre qual carreira seguir

O ator também explicou como surgiu seu desejo de ser artista. Durante o período em que estudava Direito, ele não se identificava com o curso e, por isso, deixou de frequentar as aulas.

“Eu fiquei pensando: ‘Meu Deus, qual é o diploma que eu vou querer?’. Papai já era professor e já não era bom ser professor naquela época. Eu assisti um filme que se passava em um tribunal e pensei: ‘Deve ser um grande teatro’. Eu nunca estudei verdadeiramente, permaneci na universidade lendo livros de teatro”, relembrou.

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