A atriz Maria Zilda Bethlem decidiu entrar com um processo contra a Globo por um pagamento melhor pelas reprises de novelas no canal Viva. Segundo informações divulgadas, a artista que atuou em produções da emissora entre os anos 1970 e 2000 entrou com uma ação em que pede uma remuneração pelas transmissões dos folhetins na TV por assinatura.
As informações são da coluna Outro Canal, da Folha de S.Paulo. Segundo a reportagem, o caso corre na 28ª Vara Cível da Comarca do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). O caso foi apresentado na última terça-feira (15) e ainda não foi escolhido um juiz que irá apreciar o processo. A Globo ainda não foi intimada pela Justiça.
No processo, Maria Zilda diz que foi contratada da Globo por 40 anos e que, durante o período em que trabalhou na emissora, não havia uma legislação específica ou cláusulas em contrato que determinasse um valor pelas reprises das tramas na TV por assinatura ou streaming. No entendimento da sua defesa, os direitos conexos ficaram confusos e complexos.
Ainda conforme a reportagem, outra queixa apresentada pela atriz é de que os valores pagos pelas reprises nos últimos anos não foram explicados pela própria emissora e que são baixos pela realidade do mercado. Em 2020, durante uma live em uma rede social com a atriz Maria Padilha, Maria Zilda reclamou dos valores pagos pela Globo pela reprise de Selva de Pedra (1986), na época em cartaz no canal Viva.
“Sabe quanto eles me pagaram por toda a novela Selva de Pedra? Faço questão de dizer: R$ 237,40. Pela lei, a gente ganha 10% de tudo o que ganhou na novela durante um ano. Então, para você ganhar R$ 237, é porque você ganhava isso por mês, então você ganhou durante um ano R$ 2 mil? Você trabalhou dez meses ganhando R$ 200? Para reprise, funciona. Quando mostra no Viva, eles alegam que não são donos. Eu não me conformo com isso”, lamentou.
Maria Zilda Bethlem não pede um valor exato no processo contra a Globo. A ideia de entrar com a ação contra a emissora é de que a Justiça obrigue a empresa a rever os contratos e pague o que for justo pelas reapresentações dos folhetins. A quantia reclamada seria de 10% do valor estimado da obra. Procurada pela publicação, a defesa da atriz não quis se pronunciar sobre o caso.