Cassio Scapin revelou detalhes sobre os bastidores e os impactos de viver Nino em Castelo Rá-Tim-Bum (1994–1997), clássico da TV Cultura. Em entrevista no programa Sensacional, da RedeTV!, o ator falou sobre o assédio dos fãs, a pressão emocional e a falta de retorno financeiro por produtos licenciados do programa.
No papo com Daniela Albuquerque, Scapin lembrou como o sucesso da série se estendeu ao teatro, com sessões lotadas por anos. “Eu tinha segurança para sair do teatro e ir para casa, porque às vezes faziam carreata para me seguir”, contou. Ele ainda revelou que, após algumas apresentações, saía do palco tão nervoso que passava mal.
Cassio Scapin relata episódio violento com fãs
O momento mais tenso, segundo Cassio Scapin, aconteceu em uma apresentação de Castelo Rá-Tim-Bum em: Onde Está o Nino? (1997), no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. “A van em que estávamos foi atacada e chacoalhada. A gente ficava muito apreensivo porque havia pais com crianças no colo”, disse.
O ator também comentou que, apesar de não ter planejado trabalhar com o público infantil, assumiu a responsabilidade do papel e se impressionou com a proporção que o projeto tomou. “Virou uma coisa absurda e foram cinco, seis anos com esse espetáculo lotando. Lotava estádio de futebol”, afirmou.
Ator rompeu com personagem para seguir novos caminhos
Mesmo no auge da fama como Nino, Cassio Scapin decidiu se afastar da série e seguir em outras direções. “Não sou só isso, quero fazer outras coisas. Rompi no auge, coisa de louco. Não posso ficar preso a essa imagem para o resto da minha vida”, declarou o artista, ressaltando sua carreira de mais de 40 anos.
Elenco ficou sem lucro com licenciamento da série
Durante a entrevista, o ator revelou que o contrato assinado à época cedia os direitos de imagem de forma vitalícia, sem retorno financeiro para o elenco. “A gente tinha um contrato muito mal assinado”, disse. Situação semelhante foi relatada por Rosi Campos, a Morgana, também no Sensacional.