EX-CONTRATADA

Christina Rocha diz que Casos de Família tinha mais audiência que programas atuais do SBT

Ex-apresentadora do canal revelou que a atração de conflitos familiares tinha mais público do que a programação atual

Christina Rocha durante participação no podcast Papagaio Falante, usando fones de ouvido e falando ao microfone com fundo escuro iluminado em roxo
Christina Rocha no podcast Papagaio Falante; apresentadora detalhou bastidores de saída do SBT - Foto: Reprodução
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Christina Rocha falou abertamente sobre sua saída do SBT, em 2024, e revelou bastidores do encerramento do programa Casos de Família (2004-2024). Durante entrevista ao podcast Papagaio Falante, apresentado por Sérgio Mallandro, a comunicadora detalhou o processo de desligamento e comparou a audiência de sua antiga atração com os atuais programas da emissora.

Segundo a apresentadora, o Casos de Família, que ela comandou por 14 anos, era uma produção barata, vendia bem e tinha bons índices de audiência, mas recebia poucos investimentos do canal. “Era um programa que eu chamava de ‘primo pobre’. Dava audiência, era barato e vendia, mas não tinha verba. Se tinha um programa novo, colocavam Casos de Família antes, porque a gente sempre dava audiência. Era um tapa-buraco, um curinga”, afirmou.

Christina Rocha criticou a decisão da emissora de retirar a atração do ar. “O SBT deixou de investir no Casos de Família. Resolveram tirar, o que eu achei uma besteira. Dava audiência, muito mais do que os programas de hoje estão dando lá no SBT”, analisou. Após o encerramento do Casos de Família, a apresentadora foi escalada para o Tá na Hora em 2024.

Inicialmente, a comunicadora acreditava que o projeto seria uma revista eletrônica, mas logo percebeu que o formato não correspondia às suas expectativas. “Pensei que fosse um programa de variedades, que até tivesse algum jornalismo, uma entrada ao vivo, mas que fosse entretenimento. Eu sou puro entretenimento. Apesar de ser formada, nunca fui jornalista. Meu negócio sempre foi a linha de shows”, disse.

Christina Rocha não queria fazer programa policial

Christina Rocha revelou que, antes da estreia, alertou a equipe sobre sua insatisfação com o formato. “Não tem nada a ver comigo, negócio de polícia, assassinato… Antes de estrear o programa, já tinha falado várias vezes. Quando começou, eu pensei: ‘O que eu tô fazendo aqui?’. Depois de anos de televisão, fazendo um negócio que eu odeio, que não tem nada a ver com o meu perfil?”, contou.

Com pouco mais de um mês no ar, Christina Rocha pediu para sair da atração. “A pior coisa do mundo é fazer o que você não gosta. Eu gosto de plateia, de entretenimento. E eu me vi em um jornal policial”, lamentou. A apresentadora afirmou que sua saúde mental foi afetada. “Achei que foi falta de cuidado comigo, com tantos anos de televisão. Eu estava ficando doente mesmo, com ansiedade. Fiquei muito sentida nesse aspecto. Quer dizer que o pessoal não me conhece? Eu inaugurei essa televisão!”, desabafou.

O desligamento de Christina Rocha ocorreu após uma conversa com Leon Abravanel Jr., diretor de produção e conteúdo do SBT. Sem novos projetos na emissora, ela deixou o canal. “Sabe quando você tira um peso? Eu estava pirando. Estava tendo ansiedade, taquicardia”, revelou ela, que atualmente apresenta a atração Arrocha, Christina, em um aplicativo de vídeos curtos.

Na conversa, a ex-apresentadora do Casos de Família comparou sua saída com a de Eliana, que deixou o SBT no mesmo período para assinar com a Globo. “Calhou na época em que a Eliana estava indo para a Globo. E eu vi a diferença de tratamento. Ainda teve um programa especial para ela. E, ao mesmo tempo, eu, com tantos anos de carreira, porque me neguei a fazer uma coisa…”, disse.

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Foto de Túlio Medeiros
Túlio Medeiros
Editor-chefe do Portal da TV e escreve sobre televisão e colabora com sites de entretenimento desde 2010. Além de novelas e programas de auditório, sua preferência nas telinhas é acompanhar telejornais locais e nacionais das principais emissoras brasileiras.

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