CONVERGÊNCIA

Executivo do SBT defende experiência agradável com TV 3.0: “TV não quer virar internet”

Alfonso Aurin destacou no SET Expo 2025 que a TV aberta deve preservar hábitos da audiência e manter sinal gratuito, mesmo com novas tecnologias

Alfonso Aurin sentado em poltrona com microfone na mão durante painel da SET Expo 2025
Alfonso Aurin em painel da SET Expo 2025; executivo do SBT falou sobre expectativa da TV 3.0 - Foto: Divulgação/SET Expo 2025
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A convergência entre TV 3.0 e 5G Broadcast foi tema do painel de encerramento do SET Expo 2025, que aconteceu no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo. Alfonso Aurin, superintendente de Distribuição, Tecnologia e Serviços do SBT, afirmou que a prioridade é oferecer ao público uma experiência agradável sem descaracterizar a televisão aberta. Para ele, o avanço deve respeitar os hábitos da audiência e preservar o formato linear e gratuito.

Durante sua participação, Aurin reforçou que a chegada do 5G Broadcast permitirá que o sinal terrestre também esteja disponível em dispositivos móveis. A tecnologia possibilitará o acesso a conteúdos em tempo real, sem consumo de dados. Segundo o executivo, o modelo deve preservar as características próprias da TV aberta, que aposta em horários fixos e fidelização do público.

“As pessoas gostam de sentar no sofá e ver o programa que estão acostumados, nós não podemos ter uma interatividade a ponto de causar um desconforto”, afirmou. O superintendente do SBT ainda comparou a nova tecnologia ao 1Seg, padrão definido na primeira década dos anos 2000 para celulares, mas que não se consolidou no mercado.

O executivo explicou que a expectativa à época era criar programações diferenciadas para o público em deslocamento, o que não ocorreu. Agora, com o 4K e áudio imersivo, Alfonso Aurin acredita que será possível entregar publicidade adequada a diferentes residências e bairros, aproximando anunciantes da audiência.

Outro ponto defendido foi a gratuidade do sinal da TV aberta, que, segundo ele, deve permanecer como um diferencial. Alfonso Aurin destacou a possibilidade de oferecer conteúdo específico em transportes públicos, ampliando o alcance da televisão linear. “Agora sim é o nosso momento”, disse. Ele reforçou ainda que a TV aberta não deve seguir o modelo da internet. “TV é hábito e a pessoa chega em casa e quer ver o que espera encontrar no mesmo horário. TV não quer virar internet.”

O painel intitulado TV 3.0 e 5G Broadcast – O Futuro Convergente da Conectividade contou com a moderação de Hermano Pinto, diretor da Informa Markets. Também participaram Ana Eliza Faria e Silva, gerente Sênior do Regulatório de Tecnologia da TV Globo; Henry Douglas Rodrigues, do xGMobile – Embrapii-Inatel; e Maximiliano Salvadori Martinhão, diretor Sênior de Relações Governamentais da Qualcomm.



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Túlio Medeiros
Editor-chefe do Portal da TV e escreve sobre televisão e colabora com sites de entretenimento desde 2010. Além de novelas e programas de auditório, sua preferência nas telinhas é acompanhar telejornais locais e nacionais das principais emissoras brasileiras.

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