O canal A&E estreia o especial Fama e Fentanil na próxima quinta-feira (13). A produção é apresentada e produzida pelo astro Ice-T e investiga o impacto devastador da epidemia de fentanil nos Estados Unidos. O documentário detalha como a droga afetou a vida de celebridades como Prince (1958-2016), Tom Petty (1950-2017) e Angus Cloud (1998-2023), além de famílias comuns.
O que você precisa saber
- O A&E estreia Fama e Fentanil nesta quinta-feira (13).
- O especial é apresentado e produzido pelo astro Ice-T.
- Produção aborda a epidemia de fentanil nos Estados Unidos.
- Mortes de Prince e Tom Petty são analisadas no especial.
- Casos de Angus Cloud e Michael K. Williams também são citados.
- O rapper Jelly Roll dá depoimento sobre a crise ao Congresso.
- Fentanil é a principal causa de morte de americanos de 18 a 45 anos.
Fama e Fentanil oferece um olhar cru e urgente sobre o opioide sintético, descrito como 50 vezes mais potente que a heroína. A produção expõe como a droga se tornou uma tragédia nacional que transcende fama, idade ou classe social. O especial reconstrói como as mortes de celebridades, como Mac Miller, Michael K. Williams e Coolio, marcaram um ponto de virada na percepção pública sobre o fentanil.
Quando as notícias sobre overdoses de fentanil em celebridades começaram a surgir, a maioria dos americanos nunca tinha ouvido falar da droga. Hoje, as mortes relacionadas ao opioide dominam as manchetes. O especial detalha como, após as mortes de Prince e Tom Petty, o termo ganhou destaque na mídia, revelando uma epidemia silenciosa.
Fentanil se torna principal causa de morte entre 18 e 45 anos
Ao longo de Fama e Fentanil, são apresentados depoimentos de promotores, policiais, médicos e familiares das vítimas. Uma das vozes proeminentes é a do músico e ativista Jelly Roll, com seu depoimento público ao Congresso dos Estados Unidos sobre a crise. Sua declaração, em janeiro de 2024, aumentou a conscientização sobre a emergência.
Ele alertou que “a cada cinco minutos alguém morre nos Estados Unidos, e há 72% de chance de que seja por causa do fentanil”. Atualmente, o fentanil é a principal causa de morte anual entre americanos de 18 a 45 anos.
Os dados apresentados mostram a evolução da crise. Em 2016, 19.413 mortes foram atribuídas a opioides sintéticos. Esse número subiu para 28.466 no ano seguinte. O pico ocorreu em 2021, com mais de 70.000 mortes, e 73.838 óbitos em 2022. Dados preliminares de 2023 mostram uma ligeira diminuição pela primeira vez.
A resposta da justiça e das famílias das vítimas
Além da crônica das tragédias, o especial revela as reações das famílias e do sistema judiciário. Casos como o de Michael K. Williams levaram à condenação dos responsáveis por lhe vender as doses fatais. Pais como Juli Shamash e Matt Capelouto defenderam leis em memória de seus filhos –Lei de Tyler e Lei de Alexandra –para promover testes de drogas e penas mais severas.
O especial do A&E também oferece uma visão inédita das investigações criminais, revelando como as autoridades levaram à justiça os traficantes. Em 2024, o presidente Joe Biden sancionou a Lei do Fentanil, que fortalece os controles sobre a produção e o tráfico. Fama e Fentanil é uma produção da Candle True Stories para o A&E.
O que é o fentanil?
O fentanil é um opioide sintético originalmente desenvolvido pela indústria farmacêutica. Seu principal uso médico é como um analgésico de alta potência, destinado a pacientes com dores crônicas severas, e também como anestésico em ambientes hospitalares controlados.
Especialistas apontam que a droga é cerca de 100 vezes mais potente que a morfina e 50 vezes mais potente que a heroína. No corpo humano, o fentanil atua nos receptores opioides do cérebro, causando sonolência, sedação, confusão e uma sensação de euforia.
O principal risco da substância é a depressão respiratória. Em doses elevadas ou em uso ilícito, o fentanil pode fazer com que a pessoa pare de respirar, levando à morte por falta de oxigenação em poucos minutos. A dificuldade no controle da dosagem no mercado ilegal é o que a torna tão fatal.


