A Globo admitiu pela primeira vez que não pensa em faturamento com a transmissão dos Jogos Olímpicos de Paris, que acontecerá entre 26 de julho e 11 de agosto. A declaração foi feita nesta terça-feira (4), durante um painel sobre esporte na Rio2C, evento de mídia que acontece no Rio de Janeiro.
De acordo com o site F5, da Folha de S.Paulo, foi Joana Thimoteo, diretora de Eventos Esportivos do Grupo Globo, quem fez a afirmação. O painel também contou com a participação de Gustavo Serra, chief Content Officer (CCO) e sócio da Play9, agência de conteúdo digital fundada pelo youtuber Felipe Neto.
Thimoteo explicou que a transmissão das Olimpíadas de Paris representa uma equação complexa, mas que é fundamental para a emissora devido à sua importância institucional. “A Olimpíada é uma marca institucional da Globo. Não há pensamento em faturamento”, avisou ela.
“A Olimpíada tem uma coisa que um campeonato de futebol não tem. No futebol, você torce para o outro, não para seu time. A gente escolhe fazer, transmitir, investir no esporte olímpico, por que é importante para nós”, complementou a executiva da Globo.
Para a Globo, manter os direitos de transmissão de eventos relevantes exigiu uma mudança no modelo de aquisição. “Não podemos fingir que está tudo bem em questão financeira em todo o mercado, mas fizemos uma decisão muito sólida”, comentou Joana Thimoteo.
A emissora tem grandes expectativas em relação ao ibope dos Jogos Olímpicos de Paris. “Em termos de audiência, a Globo aposta que será positiva por conta do fuso, com eventos de manhã e à tarde. As concorrências serão complementares. A gente não compete entre a gente, e sim pela atenção do público como um todo”, disse ela, se referindo ao canal CazéTV, que também exibirá os Jogos Olímpicos de Paris.