A arrecadação da Globo voltou a atingir níveis comparáveis aos registrados antes da pandemia de Covid-19, em 2019. Em 2023, o principal grupo de mídia do Brasil obteve um faturamento total de R$ 15,16 bilhões, conforme revelado pelo presidente do Grupo Globo, Paulo Marinho, em entrevista ao jornal Valor Econômico. O balanço completo da empresa será divulgado até o fim deste mês.
De acordo com informações divulgadas, o balanço deverá evidenciar um lucro operacional próximo ao anotado em 2014, época em que a TV por assinatura alcançava seu ápice. Os resultados positivos da Globo foram impulsionados pelo desempenho da plataforma de streaming Globoplay e pelas vendas comerciais de produtos. Além disso, a ausência de grandes eventos em 2023 contribuiu para os resultados satisfatórios.
Em contrapartida, em 2022, eventos como a Copa do Mundo do Catar e o Rock in Rio ocasionaram prejuízo operacional devido ao aumento dos custos com produção e transmissão. Atualmente, a Globo dispõe de um caixa no valor de R$ 14,2 bilhões, permitindo que a emissora continue realizando investimentos estratégicos. Entre as prioridades estão a aquisição de direitos de torneios, modernização de estúdios e produção de conteúdo para o Globoplay.
As perspectivas da Globo para 2024
Para o ano de 2024, as projeções são otimistas. Nos primeiros três meses, a emissora já registrou uma arrecadação de R$ 3,110 bilhões com pacotes comerciais. Nesse montante está a venda de transmissões de eventos esportivos, como o futebol brasileiro, e do Big Brother Brasil 24.
No que diz respeito ao futebol, a Globo efetuou sua maior negociação, vendendo oito cotas de patrocínio para as transmissões da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, cada uma no valor de R$ 260 milhões. Marcas como Natura, Dorflex, Amazon, Ambev, Betnacional, Itaú, Fiat e Vivo adquiriram espaços de exposição, garantindo à emissora uma receita de R$ 2,080 bilhões apenas com o futebol.
Já quanto ao BBB 24, a Globo fechou contratos com 20 patrocinadores dois meses antes da estreia do programa. A categoria principal de patrocínio, denominada Cota Big, foi comercializada por R$ 114,407 milhões, incluindo exposição de marca em diversas plataformas, como TV aberta, TV paga e canais digitais.