O Olodum, mais que um simples bloco ou um batuque, representa um movimento social que deixou sua marca na comunidade do Pelourinho, em Salvador, e influenciou a música mundial. Comemorando seus 45 anos de história, o maior grupo afro de percussão do Brasil recebe uma homenagem especial na GloboNews, no próximo dia 21, no Especial de Domingo, que começa a partir das 18h.

Durante seis dias, o repórter Chico Regueira e sua equipe mergulharam na atmosfera de Salvador, entrevistando personalidades como Carlinhos Brown, Margareth Menezes e Tonho Matéria. Estas figuras icônicas discutem não apenas a evolução musical e o surgimento do samba-reggae, mas também destacam a importância do Olodum como um símbolo da cultura negra e da luta contra o racismo no Brasil e no mundo.

Margareth Menezes, cantora e ministra da Cultura, relembra que a canção Faraó, um clássico do Olodum e do carnaval baiano, foi o pioneiro samba-reggae do Brasil. No especial da GloboNews, ela ressalta o papel dos blocos afros como veículos de histórias da cultura negra, preenchendo lacunas históricas e promovendo uma visão positiva da herança africana.

“Naquela época, e continua sendo assim, os blocos afros como Olodum e Ilê Aiyê usavam a música para contar histórias referentes à cultura negra, que a gente não ouvia nas escolas. Era uma maneira de trazer para o povo alguma outra notícia fora a questão da escravidão, coisas positivas da formação da cultura africana para nós. Foi o primeiro grande sucesso que trouxe esse estilo do samba-reggae para as rádios e para a população”, diz a ministra.

GloboNews destaca o impacto social do Olodum

O especial 45 anos do Olodum não se limita a explorar a influência do grupo na música, mas também mostra seu impacto transformador na vida de milhares de pessoas. Desde os fundadores até os jovens que frequentam a Escola Olodum, mais de 30 mil alunos já passaram por suas portas, testemunhando o poder de mudança do movimento.

Tonho Matéria, cantor e compositor, expressa sua gratidão ao afirmar que sua vida foi transformada pelo som do Olodum. O repórter Chico Regueira destaca a Escola Olodum como um centro de formação humana exemplar, que molda não apenas percussionistas, mas também cidadãos conscientes e engajados em questões sociais. “É um fenomenal centro de formação humana onde todos os professores um dia foram alunos”, diz o jornalista da Globo.