RELATÓRIO

Globoplay cresce 38%, mas receita da Globo com conteúdo cai 12%

Apesar da perda em conteúdo, a empresa anotou crescimento de 10% em sua receita total no terceiro trimestre de 2023

Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, durante o Upfront 2024
Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, durante o Upfront 2024; empresa divulgou informações sobre resultados financeiros - Foto: Globo/Renato Pizzutto
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O Globoplay e o Premiere Play registraram crescimento no número de assinantes em 12 meses, encerrados em setembro. As plataformas aumentaram suas bases em 38% e 45%, respectivamente, mas a receita da Globo com conteúdo, que inclui assinaturas e programação para a TV paga, caiu 12% no mesmo período. Os dados foram revelados nesta quarta-feira (27) por Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, em comunicado interno sobre o desempenho da empresa no terceiro trimestre de 2024.

A receita de conteúdo recuou de R$ 1,42 bilhão no terceiro trimestre de 2023 para R$ 1,25 bilhão no mesmo período deste ano. No acumulado de janeiro a setembro de 2024, a retração foi de 4%. O relatório não detalha a causa dessa discrepância entre o aumento de assinantes e a queda nas receitas, mas fontes do site Notícias da TV apontam o acordo com a Claro como motivo. A parceria garante ao grupo de mídia uma remuneração fixa, independentemente do número de novos assinantes. Por sua vez, a operadora oferece o Globoplay como benefício gratuito a seus clientes.

Apesar da perda em conteúdo, a Globo registrou um crescimento de 10% em sua receita total no trimestre, alcançando R$ 4,42 bilhões. No acumulado de nove meses, o faturamento subiu 9%, totalizando R$ 12,04 bilhões. No comunicado, Paulo Marinho explica que o aumento foi atribuído ao desempenho da publicidade, impulsionada por grandes eventos como os Jogos Olímpicos de Paris 2024, Rock in Rio e Copa América.

As receitas publicitárias tiveram alta de 23% no trimestre, somando R$ 3,05 bilhões. No acumulado do ano, o crescimento foi de 17%, chegando a R$ 7,98 bilhões. Durante o Upfront de outubro, Manzar Feres, executiva de negócios da Globo, anunciou que 2024 terá o maior crescimento de publicidade dos últimos 12 anos.

No entanto, as despesas operacionais da empresa cresceram 17% no trimestre, alcançando R$ 4,25 bilhões, impactadas pelos custos dos Jogos Olímpicos. Mesmo com uma política rigorosa de contenção de gastos, os custos subiram 5% no acumulado do ano, o que afetou o EBITDA (ganhos obtidos pela empresa antes de descontar os custos associados ao seu funcionamento) do trimestre, que caiu 57%, chegando a R$ 168 milhões. No acumulado do ano, o EBITDA soma R$ 1,4 bilhão, 50% acima de 2023.

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Túlio Medeiros
Editor-chefe do Portal da TV e escreve sobre televisão e colabora com sites de entretenimento desde 2010. Além de novelas e programas de auditório, sua preferência nas telinhas é acompanhar telejornais locais e nacionais das principais emissoras brasileiras.

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