O acidente do voo AF447 da Air France, que no dia 31 de maio de 2009 partiu do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, com destino a Paris, será tema de série documental do Globoplay, a plataforma de streaming da Globo.
A aeronave, que transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, incluindo 59 brasileiros, desapareceu poucas horas após a decolagem e nunca chegou ao seu destino. Quinze anos após o trágico evento, a série Rio-Paris – A Tragédia do voo 447 estreia nesta sexta-feira (31), com uma análise detalhada de um dos acidentes mais impactantes da história da aviação.
Em quatro episódios, a série reconstitui minuciosamente os acontecimentos que levaram à queda do avião, revelando uma sequência infeliz de falhas tecnológicas e de procedimentos. O documentário mostra como a investigação do acidente resultou em mudanças significativas na segurança aérea, para garantir que um desastre semelhante não ocorra novamente.
Produção do Globoplay criar retrato fiel dos eventos da tragédia
A produção utiliza pesquisas detalhadas de áudio e vídeo, além dos processos da Justiça francesa e das investigações iniciais realizadas pelas autoridades brasileiras, para criar um retrato fiel dos eventos. O jornalismo da Globo usou arte 3D para recriar as horas que antecederam o acidente e transcreveu fielmente as conversas entre os pilotos, capturadas pelas caixas-pretas encontradas quase dois anos depois.
“Foi um desafio enorme manter a série fiel ao conteúdo das caixas-pretas e aos relatórios investigativos das autoridades francesas, com contrapontos de pessoas diretamente ligadas às buscas e investigações, e também especialistas do setor. Mas revisitar a dor da perda é sempre mais complicado. Fazer um recorte honesto, conseguir retratar um pouco do sofrimento de cada um e, ao mesmo tempo, render uma homenagem a todas as vítimas foi sempre um norte para toda equipe”, diz Gabriel Mitani, roteirista da série documental.
A série, dirigida por Rafael Norton, com produção executiva de Clarissa Cavalcanti e roteiro de Andrey Frasson e Gabriel Mitani, também aborda as 41 mudanças recomendadas nos protocolos de segurança após o acidente. “A tragédia do voo 447 mudou para sempre a segurança na aviação mundial. O relatório final recomendou 41 mudanças em protocolos de segurança, de pilotagem e de controle aéreo. Depois da queda do 447, nenhum outro avião comercial caiu pelo mesmo motivo”, ressalta Norton.
Jornalismo da Globo entrevistou envolvidos nas investigações
A equipe de Jornalismo da Globo viajou para França, Estados Unidos e Brasil para entrevistar técnicos envolvidos nas investigações, especialistas em aviação, jornalistas e familiares das vítimas. “Entrevistamos representantes da empresa que localizaram as caixas-pretas nos Estados Unidos. Ouvimos o irmão do piloto, pessoas que perderam filhos, maridos, irmãos, e que vivem o luto até hoje. São os personagens que conduzem a narrativa”, detalha Clarissa Cavalcanti, produtora executiva.
“Em termos de roteiro, nós buscamos a todo tempo humanizar as histórias dos familiares dos passageiros do voo e ao mesmo tempo reunir especialistas brasileiros, franceses e americanos para contar tecnicamente o que causou esse trágico acidente”, complementa o roteirista Andrey Frasson. Rio-Paris – A Tragédia do voo 447 estreia nesta sexta-feira (31) no Globoplay.
Em parceria com a plataforma, o Jornalismo da Globo já produziu documentários como MC Daleste – mataram o pobre loco, 3X Ártico – O Alerta do Gelo, Cadê o Amarildo?, Vales dos Isolados – O assassinato de Bruno e Dom, Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria, extremistas.br, Gabriel Monteiro – Herói Fake, Escola Base – Um repórter enfrenta o passado, A Corrida das Vacinas, A Corrida das Vacinas – Mercado Paralelo, O Caso Prevent Senior, Cercados e Marielle.