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Netflix compra Warner e HBO Max por R$ 439 bilhões

Acordo histórico une catálogos de Harry Potter e Round 6, mas deixa de fora canais lineares como CNN e TNT

Netflix com letras vermelhas em fundo lilás e amarelo claro, com a marca d'água desfocada da Warner Bros
Netflix anuncia acordo bilionário de aquisição da Warner Bros. e HBO Max - Foto: Reprodução
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A Netflix e a Warner Bros. Discovery anunciaram nesta sexta-feira (5) um acordo definitivo para a aquisição dos estúdios de cinema e televisão da Warner, além das plataformas HBO Max e HBO. A transação avalia a empresa comprada em cerca de US$ 82,7 bilhões (R$ 439,1 bilhões), com um valor patrimonial de US$ 72 bilhões (R$ 382,3 bilhões). O movimento cria um conglomerado de entretenimento sem precedentes na história da mídia.

O acordo prevê o pagamento de US$ 27,75 (R$ 147,35) por ação da Warner Bros. Discovery. Os acionistas receberão US$ 23,25 (R$ 123,45) em dinheiro e o restante em ações da compradora. A conclusão do negócio depende da separação prévia da divisão de canais lineares da Warner, que contém marcas jornalísticas e esportivas como a CNN e a TNT Sports. Essas operações formarão uma nova empresa de capital aberto, a Discovery Global.

A fusão une a tecnologia e o alcance global da Netflix ao legado centenário de produção da Warner. Franquias consagradas como The Big Bang Theory (2007), Família Soprano (1999), Game of Thrones (2011), O Mágico de Oz (1939) e todo o Universo DC passarão a integrar o portfólio da gigante do streaming, ao lado de sucessos como Wandinha (2022) e La Casa de Papel (2017).

Negócio deve ser concluído no primeiro trimestre de 2026

A aquisição deve ser concluída no terceiro trimestre de 2026, após a cisão da Discovery Global. Esta nova empresa independente abrigará os canais de TV aberta na Europa e os canais a cabo nos Estados Unidos, como Discovery, CNN e TNT Sports, além de produtos digitais. A Netflix focará nos estúdios de cinema, produção de TV e no serviço de streaming HBO Max.

A compradora espera manter as operações atuais dos estúdios da Warner, o que abrange os lançamentos de filmes nos cinemas. A empresa projeta uma economia de custos de pelo menos US$ 2 a 3 bilhões (R$ 10,6 a R$ 15,9 bilhões) por ano a partir do terceiro ano da fusão. A união também visa expandir a capacidade de produção nos Estados Unidos e aumentar o investimento em conteúdo original a longo prazo.

O conselho de administração de ambas as empresas aprovou a transação por unanimidade. A finalização do processo ainda depende da aprovação dos acionistas da Warner Bros. Discovery e do aval de órgãos reguladores. Bancos como J.P. Morgan, Wells Fargo e Moelis & Company atuam como consultores financeiros das partes envolvidas.

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Túlio Medeiros
Editor-chefe do Portal da TV e escreve sobre televisão e colabora com sites de entretenimento desde 2010. Além de novelas e programas de auditório, sua preferência nas telinhas é acompanhar telejornais locais e nacionais das principais emissoras brasileiras.

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