As famosas cadeirinhas do Papo de Rua, que se tornaram símbolo de histórias emocionantes pelas ruas do Rio de Janeiro acolhendo relatos no RJ1, telejornal local da Globo, agora ganham destaque em rede nacional no Fantástico. O quadro Cadeirinhas, conduzido pelo repórter Chico Regueira, levará aos telespectadores do Show da Vida momentos de reflexão e conexão com narrativas marcantes.

A estreia deste novo segmento, que acontece neste domingo (28), depois do Domingão com Huck, marca não apenas a expansão do projeto original, mas também uma oportunidade de ampliar a visibilidade de histórias inspiradoras de diversas regiões do Brasil. Inicialmente, o quadro terá como primeira parada a Cidade Maravilhosa, para depois visitar Belém, Recife e São Paulo ao longo da primeira temporada.

Um dos destaques do programa será a participação especial do sambista Xande de Pilares, que compôs músicas originais especialmente para o quadro Cadeirinhas. “Nós costumamos fazer um encontro mensal, uma resenha para falar da vida e conversar sobre assuntos nossos. Geralmente esse encontro rola segundas ou terças, no fim da tarde”, explica o jornalista Chico Regueira.

“Foi em um deles que contei para ele a novidade das cadeirinhas no Fantástico. Falei do desejo de ter a música de alguma maneira ligada ao quadro e se ele toparia fazer. Ele topou na hora”, complementa o repórter.

Como surgiu a ideia do novo quadro do Fantástico

A ideia do projeto Cadeirinhas surgiu em 2021, quando começou o período de vacinação, durante a pandemia. Com duas cadeiras de praia, o repórter da Globo chegava no Centro do Rio para ouvir as histórias de vida das pessoas. Foram mais de 500 histórias contadas no quadro Papo de Rua, do RJ1, em três anos.

“As cadeirinhas que usamos são minhas. Comprei em 2014, depois de uma separação em que fui morar por um tempo em um apartamento praticamente sem móveis. Costumo brincar dizendo que a primeira história que passou por elas foi a minha”, diz ele.

Entre as histórias que serão compartilhadas no quadro de estreia, se destaca a trajetória de Lorena, uma mulher que superou adversidades desde a infância, crescendo em um orfanato e se tornando uma economista com mestrado e doutorado. Outra história será a de Celena, uma mãe solo que, após vivenciar diversas formas de racismo, está hoje cursa serviço social na Universidade Federal do Rio de Janeiro.