O Premiere, serviço de pay-per-view de futebol da Globo, alcançou sua maior base de clientes desde sua criação nos anos 1990, atingindo a marca de 2,7 milhões de assinantes. O crescimento foi impulsionado pela popularização do preço e pela venda conjunta com o Globoplay, plataforma de streaming da empresa, que facilitou o acesso direto do consumidor ao serviço.
O que aconteceu?
- O Premiere bateu seu recorde histórico de assinantes desde 1990.
- O serviço de futebol da Globo atingiu 2,7 milhões de clientes.
- A redução de preço e a venda via Globoplay impulsionaram o feito.
- O valor da assinatura apresentou uma queda de 45% nos últimos anos.
- A pirataria impede que o canal de pay-per-view da Globo tenha lucro.
- A emissora perde cerca de R$ 500 milhões com transmissões ilegais.
- Clubes recebem uma participação no valor das assinaturas do Premiere.
As informações foram publicadas pela coluna Outro Canal, do jornal Folha de S.Paulo. A estratégia de redução de valores se mostrou fundamental para o resultado. Atualmente, a assinatura mensal via Globoplay custa R$ 59,90, com a opção de um plano anual que reduz o valor para R$ 29,90 por mês. A queda no preço é de 45% em comparação a 2018, quando o pacote na TV paga chegava a custar R$ 110.
Qual o impacto da pirataria no faturamento do Premiere?
Apesar do recorde, o Premiere enfrenta um grande desafio com a pirataria, que impede a lucratividade do serviço. De acordo com Manuel Belmar, diretor de Produtos Digitais da Globo, de cada cinco pessoas que assistem aos jogos por rodada, quatro não pagam pelo serviço. A arrecadação projetada para o canal é de R$ 750 milhões, mas as perdas com transmissões ilegais são significativas.
O mercado estima que a Globo deixe de arrecadar aproximadamente R$ 500 milhões por causa da pirataria. Sem essa prática, o faturamento do serviço poderia alcançar R$ 1 bilhão. Atualmente, o Premiere não gera lucro para a emissora, mas sua receita é suficiente para cobrir os custos com os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.
Os clubes de futebol também recebem uma participação no valor arrecadado com as assinaturas do Premiere. Manuel Belmar classifica a situação da pirataria como endêmica no Brasil. “Nossa capacidade de oferecer preço cada vez mais baixo tem um limite. Eu não tenho condição, com o preço dos direitos esportivos, de oferecer isso sem cobrar nada. É impossível”, declarou o executivo.
