APÓS INCÊNDIOS

Profissão Repórter acompanha luta de famílias do Dique da Vila Gilda

Programa da TV Globo exibe relatos de moradores da maior favela sobre palafitas do Brasil que perderam casas em dois incêndios

Caco Barcellos segura microfone da Globo em estúdio iluminado com refletores e cenário decorado ao fundo
Caco Barcellos no Profissão Repórter; saiba os destaques da semana do jornalístico da TV Globo - Foto: Reprodução/Globo
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O Profissão Repórter desta terça-feira (23) acompanha a vida de moradores do Dique da Vila Gilda, em Santos, após dois incêndios que atingiram a maior favela sobre palafitas do Brasil neste ano. Mais de mil pessoas ficaram sem casa, e o programa da TV Globo mostra os desafios para recomeçar em meio aos escombros, com histórias de perda, resistência e esperança de quem insiste em permanecer na comunidade.

A equipe de Caco Barcellos passou dois meses registrando o impacto das tragédias. No início de agosto, cerca de 100 casas foram destruídas no Caminho São Sebastião. Entre os atingidos, está Richard, de 9 anos, que perdeu tudo ao lado do pai. Alessandra Santos resistiu na única casa que restou em pé. Sem banheiro ou cozinha, ela tenta reconstruir o lar. “Aqui é tudo que eu tenho. Vou conseguir, tenho fé”, afirma.

Menos de um mês depois, em 28 de agosto, outro incêndio consumiu mais 90 moradias. Entre os atingidos estão Alan e Aline, que viviam de aluguel com quatro filhos e perderam quase tudo, restando apenas o apoio da mãe de Alan. O pedreiro Moisés também viu a casa construída ao longo de sete anos desaparecer. Ele conseguiu salvar apenas uma televisão e uma caixa de som antes de buscar abrigo improvisado.

O Dique da Vila Gilda é a maior favela de palafitas da América Latina. A ocupação começou nos anos 1960 após obras no Rio dos Bugres. Desde então, o local convive com a falta de saneamento básico, esgoto lançado na maré, lixo acumulado e redes de energia precárias. Moradores usam ligações improvisadas para ter água. Uma pesquisa apontou ainda que o rio que corta a comunidade é o mais poluído do Brasil em microplásticos.

Entre os relatos exibidos pelo jornalístico de Caco Barcellos está o de Dona Sônia, que chegou em 1973 e enfrentou as dificuldades de criar raízes em meio à carência. A nova geração também ganha destaque, como Thaís Helena, que viveu 15 anos no Dique da Vila Gilda e hoje é mestre em serviço social, com pesquisas sobre precariedade habitacional e questão étnico-racial. O Profissão Repórter vai ao ar às 23h05, logo depois de Estrela da Casa.

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Foto de Túlio Medeiros
Túlio Medeiros
Editor-chefe do Portal da TV e escreve sobre televisão e colabora com sites de entretenimento desde 2010. Além de novelas e programas de auditório, sua preferência nas telinhas é acompanhar telejornais locais e nacionais das principais emissoras brasileiras.

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