Conhecida por sua participação no Show de Calouros (1981-1996), do SBT, Sônia Lima foi entrevistada em O Programa de Todos os Programas, do portal R7. Em conversa com Flávio Ricco e Gabi França, a atriz e apresentadora relembrou sua trajetória na televisão e o começo da carreira como “telemoça” ao lado de Silvio Santos.
Sônia contou que desenvolveu uma relação de liberdade com o apresentador, que dirigia as assistentes de palco. “Sou de uma época em que o Silvio era superacessível. A gente conversava com ele sobre tudo. Chegava perto do Silvio, e acho que foi aí que começou a nossa relação muito boa, de liberdade, de se comunicar”, contou.
“Porque eu não estava nem aí se ele era o Silvio Santos ou não. Ele era meu patrão, e só. Falava o que eu tinha que falar, sempre falei!”, disse Sônia Lima. Na conversa, ela revelou que Silvio Santos negociou seu primeiro ensaio para a revista Playboy, apesar de ser contra o trabalho. “As duas Playboys eu fiz por dinheiro. E foi muito bem pago!”, comentou a atriz.
Sônia Lima também relembrou a luta contra a depressão após a morte de seu marido, Wagner Montes (1954-2019), em janeiro de 2019. “É muito difícil você detectar que está com depressão. Sempre achei que depressão fosse frescura. Mas teve o processo da minha mãe, meu pai [morte de ambos], o câncer do Wagner, 10 anos de tratamento”, declarou.
“Fui somatizando, não passei pelos meus lutos”, relembrou Sônia Lima. A atriz relatou que, ao perceber seu estado, chegou a passar dias na cama, sem tomar banho. Com bom humor, Sônia também contou sobre sua história de amor com Wagner Montes, que começou como uma amizade e, de forma inusitada, se transformou em casamento. “Quando meu marido morreu eu era muito mais apaixonada por ele do que quando me casei com ele”, disse.
Atualmente, Sônia Lima integra o júri do quadro Dez ou Mil, do Programa do Ratinho, ao lado de Sérgio Malandro e Décio Piccinini. “Temos um programa hoje em dia que é meio parecido com o Show de Calouros. A única diferença que nós temos ali é o apresentador. A gente tinha um Silvio, que é um lorde, e hoje a gente tem o Ratinho, que é um ogro [risos]!… Esse programa é a minha terapia. A gente se diverte, ri muito”, afirmou.