A transformação digital da televisão foi o tema central do SET Nordeste 2025, realizado em Fortaleza nesta semana. Especialistas debateram a chegada da TV 3.0 e a virtualização das tecnologias de operação. O painel “A TV 3.0 e a Escala da Virtualização das Tecnologias da Operação: Convergência Tecnológica, Dinâmicas de Mercado e Novas Oportunidades” reuniu Josemar Cardoso da Cruz (Atlantis Tecnologia), Marco Lopes (Mediastream Brasil) e Marcelo Blum (Videodata) para discutir as novas oportunidades para a radiodifusão.
O que aconteceu?
- O futuro da TV 3.0 foi debatido no SET Nordeste 2025, em Fortaleza.
- Painel discutiu a virtualização e a convergência tecnológica.
- Josemar Cruz (Atlantis) detalhou os pilares: engajamento e mensuração.
- Marcelo Blum (Videodata) focou na publicidade personalizada.
- O público está saturado de anúncios repetitivos, disse Blum.
- Marco Lopes (Mediastream) apresentou a experiência híbrida (broadcast e IP).
- A solução MoAI (IA) foi apresentada para otimizar metadados de vídeo.
Josemar Cruz apresentou a visão da TV 3.0 estruturada em três pilares: engajamento, mensuração e conversão. Segundo ele, o novo ecossistema conecta emissoras, desenvolvedores, provedores de nuvem e agências. O modelo permite monetização Data Driven, T-Commerce (comércio pela TV) e recomendações personalizadas. Ele citou os testes experimentais dos canais 7 e 8, lançados no SET Expo 2025.
Cruz também apontou desafios técnicos, como a continuidade do desenvolvimento do Core em nuvem e a padronização de APIs. Na sequência, Marcelo Blum abordou o impacto da publicidade na experiência do espectador. Ele avalia que o público está saturado de anúncios repetitivos e mal direcionados. Para Blum, a TV aberta pode se beneficiar da “fadiga da escolha” ao oferecer conteúdo relevante.
O impacto da DTV+ e da Inteligência Artificial
Blum defendeu uma abordagem cloud-native e metodologias ágeis. Ele comparou o novo ecossistema DTV+ às economias geradas por iOS e Android, que permite que startups criem aplicativos inovadores. Marco Lopes, CEO da Mediastream, destacou que a DTV+ integra broadcast, IP e streaming, criando uma experiência híbrida. O sucesso do modelo, segundo ele, depende da colaboração entre radiodifusores, ISPs e produtores de conteúdo.
Lopes apontou oportunidades em publicidade segmentada, Shoppable TV e LiveShopping, que une e-commerce e transmissão ao vivo. Ele apresentou o MoAI, uma solução de inteligência artificial da Mediastream. A ferramenta gera metadados de vídeo automaticamente, o que otimiza a indexação e a recomendação de conteúdo. O case do Mercado Play foi usado como exemplo de publicidade contextualizada e integração.
 
											

