A TV Globo decidiu cancelar o programa Linha Direta, que havia sido retomado em 2023 sob o comando de Pedro Bial, após um hiato de 16 anos. O programa, conhecido por relatar casos criminais de grande repercussão, não terá uma terceira temporada devido a questões comerciais, apesar da boa aceitação do público e da qualidade do conteúdo.
A informação foi divulgada pela coluna Play, do jornal O Globo. Segundo a jornalista Anna Luiza Santiago, a equipe do programa já foi comunicada que não haverá novos episódios em 2025. A versão atual do Linha Direta contou com duas temporadas de dez episódios cada, apresentando casos notórios, como os de Eloá Pimentel, Henry Borel e Jeff Machado.
O Linha Direta se destacou ao auxiliar na resolução de crimes por meio de denúncias feitas pelo público. Durante a primeira temporada da nova fase, quatro casos foram solucionados. Um exemplo é o caso de Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, fugitiva há 17 anos por envolvimento no assassinato da filha, que foi presa dois dias após o episódio sobre o crime ir ao ar.
O formato foi um programa policial de grande sucesso na TV Globo entre 1990 e 2007. A retomada em 2023 foi inspirada em formatos similares de programas dos Estados Unidos, com o foco em um crime por episódio. A cada edição, exibida nas noites de quinta-feira, eram apresentados detalhes da investigação e dramatizações baseadas em depoimentos.
A primeira versão do Linha Direta foi comandada por Hélio Costa, e retornou em 1999 com Marcelo Rezende (1951-2017). Em 2002, Domingos Meirelles assumiu a apresentação até o fim do programa, em 2007. Durante sua exibição original, o programa da TV Globo ajudou na captura de quase 400 criminosos foragidos.
Além disso, em 2002, o Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos Humanos classificou a atração policial da emissora líder como de utilidade pública. Além dos casos criminais, o programa Linha Direta também explorou temas sobrenaturais, como o Edifício Joelma e a Operação Prato.