A trajetória de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, um dos maiores nomes da história da televisão brasileira, é celebrada no documentário Tributo, que estreia neste sábado (30) no Globoplay. A data marca os 89 anos do ex-diretor da Globo, responsável por transformar a TV aberta em um fenômeno cultural no país. O especial integra uma série que homenageia personalidades marcantes do audiovisual nacional, como Fernanda Montenegro, Lima Duarte e Laura Cardoso.
Com imagens históricas e depoimentos de grandes figuras da TV, o episódio revisita a carreira de Boni desde sua atuação inicial no rádio e na publicidade até o convite de Roberto Marinho (1904-2003), em 1967, para integrar a TV Globo.
Ao lado de Walter Clark (1936-1997) e Daniel Filho, Boni assumiu o desafio de revolucionar a programação e consolidar a audiência da emissora. Ele recorda a confiança do fundador da empresa: “Quando eu era moço, sempre andava com os mais velhos para aprender com eles. Agora que eu sou mais velho, quero aprender com os moços”.
O documentário destaca a parceria entre Boni e Daniel Filho, que juntos deram às novelas da emissora uma identidade cultural brasileira. Os dramas televisivos se tornaram referência global. “Em todas as viagens que eu fiz depois do sucesso da TV Globo pelos países do mundo, meus colegas vinham me cumprimentar pela qualidade do texto que a gente tinha, pela criatividade e o volume de gente de talento”, relembra Boni.
Outro marco relembrado é a criação do Jornal Nacional, em 1969, que consolidou a grade de programação da TV Globo. O episódio aborda ainda a visão de Boni ao investir em formatos variados, como programas infantis, musicais e humorísticos. A transformação dos Estúdios Globo, antigo Projac, também é um dos feitos destacados no especial. “Tributo é imperdível. É um reconhecimento ao talento brasileiro e uma deliciosa viagem pela história da nossa televisão”, define Boni.
Grandes nomes da TV, como Xuxa, Susana Vieira, Antonio Fagundes e Gloria Pires, prestam tributo ao homenageado. Figuras do jornalismo, como Cid Moreira (1927-2024) e Léo Batista, e diretores, como Jayme Monjardim, também exaltam o impacto do ex-diretor, descrito como um divisor de águas na televisão brasileira. O episódio foi dirigido por Matheus Malafaia, com direção artística de Antonia Prado e redação de Isadora Wilkinson e Lalo Homrich.
